As árvores por si sós já eram sagradas para os Druidas. Este
símbolo representa também a transmutação e o regresso ao mesmo ponto, um ciclo
interminável e natural, pelo fato de as raízes e a copa estarem unidas. Podemos
retirar também a relação com os Mundos (Supramundo, Mundo e Submundo). O fato
de o Superior e o Inferior estarem unidos por nós nada mais é que a afirmação
“o que há em cima, há em baixo”. As árvores, além de guardar os mistérios do
universo, são os portais para o mundo dos Deuses. Elas representam o equilíbrio
e elo entre os elementos da natureza. A Yggdrassil para os Nórdicos era uma
arvore colossal que sustentava todos os mundos e reinos. Os druidas cultuavam o
mesmo e por isso que eram os “Sábios das Árvores”.
A palavra Druida significa “Aquele que tem conhecimento do
Carvalho”.
O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e
destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais.
Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as
árvores.
É importante dissociar as palavras “Druida” de “Celta”
porque muita gente faz confusão. Celta é o nome do povo, enquanto Druida é o
nome dado a uma casta de sacerdotes especiais que viviam entre os celtas e
agiam como conselheiros destes. É a mesma relação entre “judeus” e “rabinos”.
A ligação dos Druidas com as Árvores se dá ao tratamento de
respeito e troca que se praticava nos tempos antigos, sabendo-se que a madeira
era o único combustível, usada também na construção de casas. A madeira era
utilizada com respeito e honra, compreendida como sagrada e mantedora da vida.
A vida cotidiana de um Druida estava apoiada na estrita
subserviência a estas regras e na observação da natureza, onde descobriram os
usos medicinais; o respeito pelos bosques como lugares sagrados era outra de
suas ocupações, para o qual contaram com o apoio da aristocracia militar das
comunidades celtas.
O hermetismo destes ritos, assim como seu caráter oral,
fazia com que a capacidade mais admirada pelos druidas fosse sua memória, por
isso seus sucessores na tribo deviam se destacar desde jovens nesse sentido,
além de jurar honrar sempre aos deuses (o conhecimento era secreto), não obrar
imprudentemente e estar sempre disponíveis para os serviços que demandasse a
comunidade.
Fontes: Templo de Avalon e Caminho Celta